terça-feira, 12 de abril de 2011

Febre? cólicas? Saiba como lidar com problemas frequentes de saúde dos pequenos

Ter uma criança em casa não é fácil, ainda mais quando não temos experiência nenhuma no mundo infantil. Por isso trago essas informações que considero importantíssimas para essa nova fase.


O que fazer quando a criança está com o intestino preso?

O intervalo entre as idas ao banheiro para fazer cocô varia de uma criança para outra. Recém-nascidos ficam até dois dias sem evacuar, embora isso seja incomum, principalmente entre os que mamam no peito. Nesse caso, a dica é estimular o ânus do bebê com uma gaze enrolada no dedo.

Normalmente, o pequeno consegue liberar as fezes só com um toque superficial na região. Agora, se o problema persistir, procure um pediatra –seu filho pode estar com o intestino preso. Já os lactentes, sobretudo aqueles que mamam exclusivamente o leite materno, podem permanecer sem evacuar por mais de uma semana, sem risco à saúde. Mas, ainda assim, se for esse o caso do seu filho, relate-o ao pediatra da criança.

 Entre os bebês mais velhos, o intervalo do cocô pode chegar a três dias, ou mais, sem que isso caracterize a chamada prisão de ventre. Em compensação, existem crianças que apresentam a doença mesmo visitando a privadinha ou sujando a fraldinha todos os dias. Nessa hora, o mais importante é observar a característica das fezes e estar atento a eventuais queixas de dor da criança, independente da idade.

Quando procurar o médico?
 
Recém-nascidos: Fezes firmes, menos de uma vez por dia.

Lactentes e bebês: Cocô duro e compacto, com intervalo de três a quatro dias entre as evacuações.

Qualquer idade: Fezes grandes, duras e secas, com mais de três a quatro dias entre as evacuações. Dor ou dificuldade ao evacuar. Dor de barriga que passa após movimentos do intestino. Presença de sangue em torno das fezes. Borrões de cocô ou sangue na cueca, na calcinha ou na fralda entre uma evacuação e outra.

Como prevenir a prisão de ventre infantil?

As causas da constipação costumam estar associadas a fatores como desidratação, alimentação pobre em fibras, inatividade física, estresse emocional ligado principalmente à retirada da fralda e vergonha ou dificuldade de usar o banheiro fora de casa.

Portanto, para prevenir ou mesmo combater a prisão de ventre, é importante dar bastante água e suco para a criança, oferecer frutas, legumes, verduras e cereais integrais, ser bastante paciente, participativo, compreensivo e amoroso durante a troca de fraldas, estimular brincadeiras com bastante movimentação e criar rotinas para ir ao toalete.

Além disso, procure explicar para o pequeno que segurar o cocô faz mal à saúde. Importante: só dê alimentos ou medicamentos laxativos sob orientação médica, pois eles podem agravar o problema.

Quado meu filho tiver febre?
 
A febre é o primeiro sinal de que algo não está bem no organismo do pequeno. Saiba melhor como lidar com ela.

O que caracteriza a febre é a elevação da temperatura do corpo, que gira em torno de 36°C em condições normais. Quando a temperatura se encontra entre 37°C e 37,5°C denomina-se estado febril. A partir de 37,5°C, o quadro passa a ser de febre mesmo. Além de ser um sinal de alerta, a febre também contribui para a defesa do organismo. Não por acaso a criança fica desanimada, em geral com mal estar, dores e muita sonolência. É o corpo que desencadeia esta reação para poupar suas energias e deixar o sistema imunológico agir.

O que causa a febre? A lista é longa. As causas mais comuns em crianças, porém, são as infecções por agentes externos, como vírus e bactérias. Entram nessa categoria resfriados, gripes, viroses e inflamações de vias aéreas, ouvido ou garganta. Reações inflamatórias ou doenças auto-imunes também podem causar febre, assim como exposição demasiada ao sol, exercícios físicos além da conta e até excesso de agasalhos no calor. O aparecimento dos dentes pode causar uma leve elevação da temperatura nas crianças. A febre alta e persistente pode ainda indicar doenças mais agressivas e complexas.

A maneira mais prática de se medir a febre de um bebê é usar um termômetro nas axilas. Pode ser um de mercúrio ou digital, ambos cumprem bem seu papel. De 37,5°C a 38°C, a febre é considerada baixa e não requer medicação. Até porque ela cumpre uma função importante de favorecer a reação do organismo frente a um agente infeccioso. De 38°C a 39°C, a febre ganha status de moderada. Nessa situação não existe regra. Algumas mães já administram um antitérmico para levantar o astral do filho e outras preferem aguentar um pouco mais. Acima de 39°C, a febre é alta e há risco de convulsão – sem ameaça de lesão nervosa até 41,7°C. Por isso é recomendável administrar o medicamento.

O ideal é procurar um médico assim que a febre se manifesta. Só ele é capaz de dar um diagnóstico mais preciso e também prescrever os medicamentos adequados, o que inclui antitérmicos. Ainda assim, é possível que o especialista só tenha uma confirmação do problema, e possa tratá-lo efetivamente, dias depois do início da febre. Até lá hidrate bastante o pequeno, dê banhos mornos para confortá-lo e evite excesso de roupas e cobertas.

Durante esse período, o que é importante observar em uma criança com febre é sua reação aos antitérmicos. Se ela volta a brincar, sorrir, pular e correr quando a febre baixa, a doença provavelmente não requer maiores cuidados além de acompanhamento e repouso. Agora, se ficar prostrada mesmo depois de sua temperatura baixar, a situação pode ser mais delicada. Portanto, não deixe de procurar seu médico.

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